Bioplástico sustentável: ele é realmente ecológico?
O Brasil ocupa uma posição de destaque no consumo de cosméticos, mas também está entre os maiores geradores de lixo do mundo. Esse cenário de alta produção de resíduos levou muitas marcas a buscarem alternativas mais sustentáveis. O bioplástico sustentável se apresenta como uma dessas soluções. Contudo, será que ele realmente cumpre o que promete?
Para responder a essa pergunta, é fundamental entender o que caracteriza um bioplástico e quais tipos estão disponíveis no mercado. Só assim, é possível fazer escolhas informadas e evitar as falsas promessas de sustentabilidade.
Mas o que realmente significa esta sugestão?
Embora o termo “bioplástico” seja amplamente utilizado, nem todos os produtos rotulados como tais
são realmente sustentáveis. De fato, existem dois tipos principais de bioplástico, e é crucial compreender as diferenças entre eles.
• Oxibiodegradável: Esse plástico é feito com aditivos que aceleram sua fragmentação, mas isso não significa que ele desapareça de forma segura. Na realidade, ele se desintegra em partículas menores, os microplásticos, que se acumulam no meio ambiente, causando danos irreversíveis aos ecossistemas. Além disso, o oxibiodegradável não atende às normas internacionais de biodegradação.
• Compostável: Diferente do oxibiodegradável, o plástico compostável se decompõe de forma natural, sem deixar resíduos nocivos. Contudo, para garantir sua real eficácia, ele deve possuir certificações reconhecidas, como TÜV Austria OK Compost ou BPI.
Esses dois tipos têm características muito distintas e, portanto, é essencial conhecer essas diferenças antes de tomar uma decisão de compra. Caso contrário, você pode acabar contribuindo ainda mais para a poluição ambiental.
Como identificar um bioplástico realmente sustentável?
Se você está buscando por alternativas verdadeiramente ecológicas, aqui estão algumas dicas importantes para fazer a escolha certa:
1. Procure certificações confiáveis, como TÜV Austria OK Compost e BPI.
Elas garantem que o material se decompõe corretamente no meio ambiente.
2. Evite plásticos oxibiodegradáveis. Eles são uma armadilha, pois, embora se decomponham rapidamente, deixam microplásticos no caminho.
3. Pesquise sobre a decomposição do material. Bioplásticos compostáveis, por exemplo, podem se decompor rapidamente em condições adequadas.
4. Entre em contato com a marca para confirmar se o produto realmente segue as normas ambientais e biodegradáveis.
Veja mais sobre certificações de compostagem neste artigo!
Apesar do crescimento do greenwashing, que se utiliza de marketing enganoso para vender produtos como “ecológicos“, a verdade é que, quando o assunto é sustentabilidade, informação é poder.
Escolher de forma consciente não só ajuda a preservar o meio ambiente, mas também assegura que seu consumo impacte positivamente o futuro. Se ainda restarem dúvidas, deixe um comentário abaixo.
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